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Exposições

Apresentação  O serviço secreto   A repressão   A reação   Luta pela democratização   Créditos

Como era de se esperar, a instalação de um novo regime político marcado por uma postura tão evidentemente antidemocrática não se deu sem resistência. Inicialmente pacífica, como evidenciada na famosa Marcha dos Cem Mil, em 1968, a oposição à ditadura militar logo se debateu entre duas opções: ou a luta armada, ou o exílio.

O auge da repressão dá-se logo após a edição do Ato Institucional n. 5, que eliminou garantias constitucionais como o habeas corpus, direitos políticos e o direito de livre associação.

No Brasil, os comunistas tinham fundado, em 1922, o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Colocados na clandestinidade desde 1947, enfrentaram o regime militar, mesmo pulverizados entre inúmeras tendências e denominações. A luta armada foi uma opção que mobilizou certos grupos dissidentes do PCB, como a Ação Libertadora Nacional (ALN) e o PCdoB, estimulados pelo sucesso da Revolução Cubana.

No governo do general Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), o SNI aumentou a vigilância sobre parlamentares, estudantes, religiosos, intelectuais, líderes sindicais e outros inimigos do regime. Em julho de 1969, foi oficialmente criada a Operação Bandeirantes (Oban) dentro do II Exército, em São Paulo, passando a comandar a repressão contra a guerrilha urbana na capital paulista. No Rio de Janeiro, em setembro do mesmo ano, militantes da dissidência do PCB, denominada de Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), juntamente com membros da ALN, sequestraram o embaixador dos EUA, Charles Elbrick, na ação considerada a mais ousada da esquerda contra o governo militar. O ano de 1970 foi marcado por inúmeras ações da guerrilha: ocorreram 370 assaltos a bancos, sequestros do cônsul japonês Nobuo Okuchi, do embaixador alemão Ehrenfried Von Holleben e do embaixador da Suíça, Giovanni Enrico Bucher. Estes sequestros, chamados pelas organizações de esquerda de "rapto", resultaram na libertação de mais de 120 militantes políticos.

Das 4.841 punições impostas a cidadãos brasileiros durante os 21 anos de regime militar, 2.990 ocorreram em 1964, muitas destas com base nas recomendações ou informações do SNI, uma vez que a base de dados do seu Cadastro Nacional era consultada por todos os órgãos da administração pública. Mais de seis mil pessoas foram punidas pelos atos institucionais ou processadas com base na Lei de Segurança Nacional.

 

Galeria de imagens - A reação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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