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Itamaraty elogia condenação do Brasil no caso Herzog

  • Publicado: Terça, 10 de Julho de 2018, 13h52
  • Última atualização em Terça, 10 de Julho de 2018, 13h52

Folhapress

Corte Interamericana de Direitos Humanos condena Brasil por morte de Vladimir Herzog

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, elogiou nesta sexta (6) a decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos de responsabilizar o Estado brasileiro pela falta de investigação, julgamento e punição dos responsáveis pelo assassinato do jornalista Vladimir Herz

Na quarta (4), o tribunal de direitos humanos ordenou, como reparação, a adoção de medidas destinadas a reiniciar o processo e a investigação sobre o que aconteceu em 25 de outubro de 1975, durante a ditadura militar. O objetivo é identificar, processar e punir, se for o caso, os responsáveis pela morte de Herzog.

"É absolutamente inquestionável o respeito do governo brasileiro à justa decisão de um tribunal internacional cuja jurisdição contenciosa o país valoriza e reconhece há vinte anos", afirmou Aloysio Nunes em nota.

Segundo o ministro, a decisão do tribunal reaviva a indignação causada pela morte de Herzog e o compromisso em favor da democracia e dos direitos humanos. Ele diz prestar solidariedade à família do jornalista.

"O fato de que a Lei da Anistia tenha contribuído, em seu momento, para o fim do arbítrio, causa por que tanto lutou Vladimir Herzog, não atenua em nada o imperativo moral de repudiar com toda a veemência a responsabilidade do Estado brasileiro pela detenção arbitrária, tortura e assassinato de Vlado", disse Aloysio Nunes.

Durante a ditadura, o hoje tucano Aloysio Nunes militou no PCB (Partido Comunista Brasileiro) e se opôs aos militares. Dentro do partidão, seguiu a ala de Carlos Marighella e partiu para a luta armada, integrando a ALN (Ação Libertadora Nacional). Depois, em 1968, se exilou na França, retornando ao país em 1979.

Em 1975, Herzog apareceu morto em uma cela do Doi-Codi, órgão de repressão do governo militar. A versão oficial dizia que o jornalista tinha cometido suicídio, enforcando-se com um cinto do macacão de presidiário.

Várias evidências, porém, apontam para que o jornalista tenha sido torturado e morto pelos militares. Herzog era militante comunista ligado ao PCB e foi considerado opositor da ditadura.

Fonte: Yahoo Notícias, 06/07/2018
Disponível em: https://br.noticias.yahoo.com/itamaraty-elogia-condenação-brasil-no-000100521.html

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