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Amelinha irá abordar no Sesc as peculiaridades da condição do envelhecimento da mulher no Brasil e como ela segue motivada na atuação pela causa
A militante Maria Amélia Teles, mais conhecida como Amelinha, foi presa e torturada nos anos 70 nas dependências do DOI-CODI, em São Paulo, durante a ditadura militar, e agora viaja pelo Brasil para compartilhar sua história. Com 73 anos, ela detalha em palestras e encontros como ela, que dedicou sua juventude a lutas políticas e a movimentos sociais, está vivendo hoje no que se convencionou chamar de terceira idade.
Luta pela igualdade - Amelinha Teles fala sobre envelhecimento, militância e feminismo
22/03/2018 - 18h20min / Atualizado 22/03/2018 - 18h56min
Com 73 anos, ela detalha em palestras e encontros como ela, que dedicou sua juventude a lutas políticas e a movimentos sociais, está vivendo hoje no que se convencionou chamar de terceira idade
Renan Quinalha/Divulgação
Amelinha irá abordar no Sesc as peculiaridades da condição do envelhecimento da mulher no Brasil e como ela segue motivada na atuação pela causa
A militante Maria Amélia Teles, mais conhecida como Amelinha, foi presa e torturada nos anos 70 nas dependências do DOI-CODI, em São Paulo, durante a ditadura militar, e agora viaja pelo Brasil para compartilhar sua história. Com 73 anos, ela detalha em palestras e encontros como ela, que dedicou sua juventude a lutas políticas e a movimentos sociais, está vivendo hoje no que se convencionou chamar de terceira idade.
Feminista desde os anos 60, Amelinha continua sua luta pela igualdade, para que as pessoas possam protagonizar suas vidas, seus trabalhos. Autora do livro Da guerrilha à imprensa feminista: a construção do feminismo pós-luta armada no Brasil, lançado em coautoria com Rosalina Santa Cruz Leite, pela editora Intermeio, ela também lançou Breve história do feminismo, pela editora Brasiliense, e é sócio-fundadora da União de Mulheres de São Paulo.
Amelinha desembarca nesta sexta-feira, 23, em Rio Preto, onde ministra o bate-papo Militância e Envelhecimento. A atividade será realizada às 14h30, no teatro do Sesc. "Pretendo promover um bate-papo, ouvir histórias e contar a minha trajetória. Sou militante desde os meus 12 anos, de forma consciente, fui presa política durante a ditadura, sou do movimento feminista e acho importante se manter na militância, na ação, para garantir segurança na velhice."
A militante afirma que é uma mulher velha, que não está limitada aos padrões e estereótipos que a sociedade impõe, em que as mulheres devem ser jovens eternamente. "Eu sou a favor de lutar pela igualdade, liberdade e expressão, além da sexualidade livre, porque quem faz tem força e energia para enfrentar os aspectos negativos da velhice e da sociedade, que instiga as limitações e quer que os idosos sejam incapazes e inúteis. Quem milita é o exposto de tudo isso, independente da idade. Eu sinto e vivo isso."
Segundo ela, em 1960, o Brasil era chamado de país de jovens e tinha 3 milhões de idosos, e hoje contabiliza quase 30 milhões. "Cresceu 10 vezes o número, a população envelheceu e as mulheres tem uma expectativa de vida maior do que a dos homens, cerca de 10 anos a mais." Neste cenário, o Brasil precisa se preparar para a realidade, valorizar cada ruga, como afirma Cora Coralina, e estimular a importância do feminismo.
A condição do envelhecimento da mulher no Brasil, segundo Amelinha, será positiva com a prática do feminismo. "O evento no Sesc é destinado aos idosos, mas os jovens são bem vindos. Eu dialogo bem com eles. É importante prepará-los para o futuro." O feminismo, segundo ela, melhora a vida de todos. "Quem lutou pela licença paternidade, por exemplo, foram as mulheres."
Feminista pode ser uma mulher ou homem, de acordo com ela. "O feminismo é uma proposta política de transformação social que garante igualdade e oportunidade de condições e direitos para todas as pessoas, que compõe a sociedade humana. O protagonismo fica com as mulheres porque fomos historicamente excluídas ou tivemos negados direitos fundamentais. A mulher deve ter consciência e compromisso de tomar iniciativa em defesa da igualdade e justiça a todas as mulheres. Isto não quer dizer tirar direitos e nem ofender os homens."
Serviço
Bate-papo com Amelinha Teles. Nesta sexta-feira, 23, às 14h30, no teatro do Sesc. Gratuito. Informações: (17) 3216-9300.
Bate-papo com Amelinha Teles. Nesta sexta-feira, 23, às 14h30, no teatro do Sesc. Gratuito. Informações: (17) 3216-9300.
Fonte: Diário da Região - São José do Rio Preto, 22/03/2018
Disponível em: https://www.diariodaregiao.com.br/_conteudo/2018/03/cultura/1100129-luta-pela-igualdade.html
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