Vereadora quer proibir homenagens públicas a pessoas ligadas a tortura
Projeto que proíbe o batismo de vias, órgãos e prédios públicos com o nome de pessoas ligadas – direta ou indiretamente – a atos de tortura na Ditadura começou a tramitar na Câmara Municipal de Fortaleza. Entre as pessoas “banidas” pela proposta, está o cearense Humberto Castelo Branco, primeiro presidente do período militar brasileiro.
O projeto, da vereadora Larissa Gaspar (PPL), se baseia no Relatório Final da Comissão Nacional da Verdade. Finalizado em 2014, o documento lista 377 pessoas que teriam atuado em atos de tortura na Ditadura. Entre eles, está também o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, homenageado por Jair Bolsonaro (PSC-RJ) em voto no impeachment de Dilma Rousseff.
“É tradição no Brasil se homenagear pessoas importantes dando seus nomes à escolas, rodovias e outros tipos de equipamentos públicos, mas precisamos rever a exaltação à pessoas ligadas à tortura em respeito às vítimas e em nome da democracia”, justifica Larissa Gaspar.
Segundo o projeto, a Prefeitura de Fortaleza teria até um ano para retirar placas, retratos ou bustos de pessoas que apareçam na lista da Comissão da Verdade e “rebatizar” o bem público. A vereadora destaca que, atualmente, 32 ruas, avenidas e até creches em Fortaleza levam nomes ou datas ligadas à Ditadura Militar.
Fonte: O Povo, 24/10/2017
Disponível: http://blog.opovo.com.br/politica/vereadora-quer-proibir-homenagens-publicas-pessoas-ligadas-tortura/
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