Documentário “Aurora 1964” retrata o cotidiano de pernambucanos que foram marcados pela ditadura militar brasileira de 1964
Publicado por Carolina Vilaverde em 16 de outubro de 2017
O documentário Aurora 1964 dará início a sua jornada pelos festivais de cinema brasileiros durante a 41º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que acontece entre os dias 19 de outubro e 1º de novembro. O filme foi selecionado, junto com outras películas pernambucanas, para integrar um dos mais importantes festivais de cinema do Brasil (www.41.mostra.org).
A primeira sessão do documentário, que foi rodado em Pernambuco, foi produzido pela VIU CINE Comunicação e está sendo distribuído pela Inquieta Filmes, acontecerá no próximo dia 20 de outubro, às 19h30, no Espaço Itaú de Cinema – Cine Frei Caneca 03, localizado dentro do Shopping Frei Caneca, na Consolação. A película terá ainda mais duas exibições. Uma no sábado (21/10), na sala 03 do Cine Caixa Belas Artes. Na quinta-feira (26), o filme volta a ser exibido no Espaço Itaú de Cinema, Cine Frei Caneca 5. (Ver endereços abaixo)
O longa-metragem, dirigido pelo cientista político e fotógrafo italiano, Diego Di Niglio, mostra o cotidiano de pernambucanos que foram marcados pela ditadura militar brasileira de 1964, traçando um paralelo com o Brasil de hoje. O filme é fruto de quatro anos de pesquisa de Diego, radicado em Olinda há sete anos, junto aos arquivos liberados do extinto Departamento de Ordem e Polícia Social (Dops). Diego também acompanhou as investigações da Comissão de Memória e Verdade de Pernambuco sobre aquele período e ainda contou com as memórias orais e os acervos particulares de pessoas que vivenciaram a época e que protagonizam o filme.
“Estamos muito felizes com o convite porque o filme trata de um assunto muito atual, a ruptura de um ciclo democrático, que interferiu no passado e agora volta a interferir na vida dos brasileiros. Esperamos que sirva de reflexão para quem o assistir. Interessante é que ele será exibido em um cinema que ganhou o nome de um dos líderes da Revolução Pernambucana de 1817, o Frei Caneca”, destacou Diego Di Niglio.
O Aurora 1964 é um exercício de memória, que constrói pontes entre épocas distintas da história brasileira dos séculos XX e XXI. É um registro sobre vidas recompostas, constituídas por desvios e atravessadas pela imprevisibilidade das dinâmicas políticas do passado e do presente. Diego Di Niglio, que estuda os movimentos de resistência política dos países latino-americanos durante suas ditaduras, a exemplo do Brasil, Chile e Argentina, também produziu, escreveu o roteiro e dirigiu a fotografia do filme ao lado do fotógrafo Mateus Sá.
O longa foi rodado entre abril de 2015 e dezembro de 2016, em Pernambuco, entre Recife, Olinda e o antigo Engenho Galileia (Vitoria de Santo Antão) sede da primeira Liga Camponesa do Nordeste e onde foi gravado o celebre documentário ‘Cabra marcado para morrer’, de Eduardo Coutinho.
Além de trazer à tona histórias de um período importante do Brasil, os realizadores do filme se preocuparam com a estética que seria apresentada e realizaram um belo trabalho de fotografia (Mateus Sá e Diego Di Niglio), montagem (Rapha Spencer) e direção de arte (Kelly Lima). Participam ainda do filme Felipe Peres Calheiros (roteiro), Marcelo dos Santos (som direto), Justino Passos (desenho de som) e Lía Miceli López Lecube e Ulisses Brandão (produção executiva).
A trilha sonora composta por músicas da banda pernambucana Ave Sangria é outro ponto forte da película, o que contribuiu para trazer uma certa leveza para um assunto tão pesado quanto é a ditadura civil e militar brasileira de 1964.
O Aurora 1964 foi realizado com incentivo do Funcultura e do Fundo Setorial para Audiovisual da ANCINE. Recebeu ainda o apoio da Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara (CEMVDHC), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – Departamento de História e Programa de Pós-graduação em História, Fundação Joaquim Nabuco – Coordenação Geral de Estudos da História Brasileira (Cehibra), Instituto Miguel Arraes, Comitê de Memoria Verdade e Justiça de Pernambuco (CMVJ-PE), Associação Pernambucana dos Anistiados Políticos (APAP), Phono Produções, Estúdios Fabrica, Porto Mídia, DUB Color e Cinema São Luiz.
Sinopse
Recife, Brasil, 2016. Dona Lourdes vai ser avó outra vez. Seu Jarbas coloca para tocar um velho LP da Ave Sangria. Anacleto Julião assiste as imagens em Super8 de seu pai exiliado no México. Seu Cícero revisita fotos antigas num melancólico fim de tarde no Engenho Galileia. Jacira relembra a tortura pública de seu tio, Gregório Bezerra. Um país em plena crise de sua democracia, marcado por conflitos políticos e sociais de hoje, é o pano de fundo das narrativas do cotidiano desses e de outros personagens que tiveram a vida atingida pelo regime militar instalado com o golpe de 1964.
SERVIÇO:
Exibição do filme Aurora 1964
Estreia: Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 3 – Shopping Frei Caneca – Rua Frei Caneca, 569 – Consolação, São Paulo – Dia: 20 de outubro – Hora: 19h30
2ª Sessão: Cine Caixa Belas Artes – Sala 03 – Rua da Consolação, 2423 – Consolação, São Paulo.
3ª Sessão: Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca 3 – Shopping Frei Caneca – Rua Frei Caneca, 569 – Consolação, São Paulo – Dia: 26 de outubro – Hora: 16h
Facebook: www.facebook.com/aurora1964doc/
Teaser: https://vimeo.com/221016162
Contatos para a imprensa:
Diego Di Niglio – (81) 98807.2993
Alexandre Yuri (Assessoria de Imprensa) – (81) 98358.0613
Fonte: Instituto Vladimir Herzog, 16/10/2017
Disponível: http://vladimirherzog.org/documentario-aurora-1964-retrata-o-cotidiano-de-pernambucanos-que-foram-marcados-pela-ditadura-militar-brasileira-de-1964/
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