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Corte Interamericana de Direitos Humanos começa a julgar o caso da morte do jornalista Vladimir Herzog nas dependências do DOI-CODI de São Paulo em 1975.

  • Publicado: Quarta, 24 de Mai de 2017, 17h30
  • Última atualização em Quarta, 24 de Mai de 2017, 17h30

Arquivo | 24 de maio - Vladimir Herzog

A Corte Interamericana de Direitos Humanos começou a julgar hoje, 24 de maio de 2017, o caso da morte do jornalista Vladimir Herzog, o Vlado.

O jornalista foi assassinado no dia 25 de outubro de 1975, em São Paulo, no prédio onde funcionava o Destacamento de Operações de Informações (DOI), departamento do Centro de Operações de Defesa Interna, (CODI), órgão subordinado ao Exército. Na época de sua prisão, Herzog era diretor de jornalismo da TV Cultura e se apresentou voluntariamente à convocação para prestar depoimento sobre suas supostas ligações com o Partido Comunista Brasileiro. Após a tortura e morte de Herzog, foi informado ao Serviço Nacional de Informações que o jornalista teria se suicidado. "Com uma tira de pano, amarraram o corpo pelo pescoço à grade de uma janela e convocaram um perito do Instituto Médico Legal para fotografar a “prova” de que o preso dera fim à própria vida, em um surto de enlouquecido arrependimento por ter escrito uma confissão que aparecia rasgada, no chão, na imagem divulgada pelos órgãos de repressão" (Instituto Vladimir Herzog). Em todos os documentos oficiais constavam a informação que o jornalista havia se suicidado e, apenas em 2013, a família de Herzog recebeu um novo atestado de óbito, substituindo a definição anterior, "asfixia mecânica por enforcamento" por “lesões e maus tratos” infligidos no “II Exército (DOI-CODI)”.

De acordo com a Corte Interamericana de Direitos Humanos, a audiência é para avaliar a "situação de impunidade em que se encontram a detenção arbitrária, tortura e morte" de Herzog.

Na imagem, Informação n° 160-S/102-A5-CIE, do Gabinete do Ministro do Exército, de 1° de março de 1979. Parte do Processo GAB nº 100.3901649, f. 2. Fundo Divisão de Segurança e Informações do Ministério da Justiça. BR_RJANRIO_TT_0_MCP_PRO_1649.

Fonte: Arquivo Nacional/ASCOM

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