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Há 49 anos era assassinado pela ditadura o estudante Edson Luís

  • Publicado: Terça, 28 de Março de 2017, 13h59
  • Última atualização em Terça, 28 de Março de 2017, 14h02

Em 28 de março de 1968, há exatos 49 anos, no auge da ditadura, o assassinato dos estudantes Edson Luís e Benedito Frazão Dutra no restaurante Calabouço, no Rio de Janeiro, desencadeou uma das maiores manifestações contra a ditadura e teve como consequência o Ato Institucional Nº 5 e o endurecimento do regime.

Em 28 de março de 1968, há exatos 49 anos, no auge da ditadura, o assassinato dos estudantes Edson Luís e Benedito Frazão Dutra no restaurante Calabouço, no Rio de Janeiro, desencadeou uma das maiores manifestações contra a ditadura e teve como consequência o Ato Institucional Nº 5 e o endurecimento do regime.

O episódio foi eternizado por Milton Nascimento e Ronaldo Bastos na canção “Menino”, que fez parte do filme “Jango”, de Sílvio Tendler.

Estudantes do Rio de Janeiro estavam organizando uma passeata-relâmpago para protestar contra a alta do preço da comida no restaurante Calabouço, que deveria acontecer no final da tarde do mesmo dia.

Por volta das 18h, a PM dispersou uma manifestação que pretendia alcançar o prédio da Assembleia Legislativa. Os estudantes se abrigaram dentro do restaurante. Às 18h30, o tenente Aloísio Raposo comandou a invasão. Deu ordens para “quebrar tudo” e atirou à queima-roupa no peito de Edson Luís. Os jovens reagiram com paus e pedras, fazendo a polícia recuar. Para impedir que a PM desaparecesse com o corpo no Instituto Médico Legal, os estudantes o carregaram nos braços até a Assembleia, onde dois médicos realizaram a autopsia. Coberto com a bandeira do Brasil e com cartazes de protesto, o corpo de Edson Luís foi velado no saguão do prédio. Outro estudante, Benedito Frazão Dutra, chegou a ser levado ao hospital, mas também morreu.

No fim da tarde de 29 de março, cerca de 50 mil pessoas acompanharam o cortejo fúnebre até o cemitério em Botafogo, onde Edson Luís foi enterrado ao som do Hino Nacional e aos brados de “Mataram um estudante. Podia ser seu filho”. Naquele dia, houve manifestações de protesto contra a ditadura e greve geral de estudantes em todo o país.

O Rio praticamente parou no dia do sepultamento. Numa alusão à violência, os letreiros dos cinemas da Cinelândia exibiam os títulos de três filmes: “A Noite dos Generais”, “À Queima-Roupa” e “Coração de Luto”.

O enterro de Edson Luís marcou o início da ascensão do movimento estudantil no país, que iria culminar na Passeata dos Cem Mil, em 26 de junho.

Fonte: Revista Fórum, 28/03/2017

Disponível: http://www.revistaforum.com.br/2017/03/28/ha-49-anos-era-assassinado-pela-ditadura-o-estudante-edson-luis/

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