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Ponte de Brasília é 'rebatizada' com nome de Marielle Franco

  • Publicado: Segunda, 18 de Março de 2019, 16h24
  • Última atualização em Segunda, 18 de Março de 2019, 16h29

Integrantes de movimentos feministas prestaram homenagem a vereadora assassinada há um ano

 

14.03.2019 10:52 por Tatiana Py Dutra 

Foto: Movimento de Mulheres Olga Benário/Divulgação

 

A ponte Costa e Silva, uma das mais movimentadas de Brasília, amanheceu com novo nome na quinta-feira (14/03): Marielle Franco. Uma placa com o nome da vereadora carioca – assassinada há um ano, junto de seu motorista, Anderson Gomes – foi colocada sobre o nome do general que governou o país entre 1967 e 1969, durante a ditadura militar.

A ação foi uma homenagem conjunta do Movimento de Mulheres Olga Benário, do Observatório da Mulher contra a Violência, da União da Juventude Rebelião e de feministas de Brasília. Em nota a imprensa, as ativistas pediram respostas sobre o crime.

"No dia em que se completam 365 dias do assassinato da vereadora Marielle Franco, o povo ainda não conseguiu a resposta da pergunta: ‘quais foram os mandantes do crime?’. Desde essa atrocidade, em que também foi morto Anderson Gomes, Marielle se tornou um símbolo ainda maior de luta e resistência de mulheres em todo o Brasil e no mundo", diz trecho do comunicado.

No texto, os ativistas também criticaram o hábito brasileiro de batizar locais públicos com nomes de "presidentes que restringiram nossa liberdade de expressão, cassaram direitos do povo, torturaram e assassinaram opositores, inclusive mulheres que jamais fugiram da luta".

Polêmica

Pelo mesmo motivo alegado pelas feministas, em 2015, a Ponte Costa e Silva ganhou novo nome em 2015: Honestino Guimarães. O objetivo era homenagear o estudante da Universidade de Brasília (UnB) que desapareceu após ser preso pela ditadura. Porém, no ano passado, o Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) suspendeu a lei.

Costa e Silva ou Honestino Guimarães?

Uma das três ligações entre o Plano Piloto e o Lago Sul, a ponte foi inaugurada em 1976. Projetada por Oscar Niemeyer com o nome de "Ponte Monumental", ela foi rebatizada pelo ex-presidente militar Ernesto Geisel para homenagear o antecessor, Costa e Silva.

No entanto, em agosto de 2015, o tributo ao general passou para Honestino Guimarães – perseguido pelo regime militar e dado como desaparecido em 1972. A lei foi aprovada pela Câmara Legislativa do DF e sancionada pelo então governador, Rodrigo Rollemberg (PSB).

Dois meses depois, um grupo de moradores da capital entrou na Justiça pedindo a anulação da mudança. A estrutura chegou a ficar sem nome, até que, em 6 de novembro, o Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF decidiu que a ponte voltaria a se chamar Costa e Silva.

Na visão do tribunal, a mudança do nome da ponte para Honestino Guimarães foi inconstitucional, porque não houve "consulta popular" sobre o tema. Em 2018, o nome do marechal Costa e Silva foi pichado de vermelho na placa.

 

Fonte: Destak/Brasília, 14/03/2019; G1 DF, 14/03/2019
Disponível em: https://www.destakjornal.com.br/cidades/brasilia/detalhe/ponte-de-brasilia-e-rebatizada-com-nome-de-marielle-franco?ref=Brasil_Ultimas&fbclid=IwAR2Pr0PCp-ov1n43i5CP7wYW372YZyuTug9TLn6xaZur6ASrIldsoYj6OJ4 ; https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2019/03/14/placa-da-ponte-costa-e-silva-em-brasilia-e-adesivada-com-nome-de-marielle-franco.ghtml 

 

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