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Folia vigiada

  • Publicado: Sexta, 19 de Janeiro de 2018, 15h31
  • Última atualização em Sexta, 19 de Janeiro de 2018, 16h08
Excursão de sambistas pela Europa foi monitorada passo a passo por órgãos do governo militar

Por João Gustavo Melo (boicomaboboracarnaval.blogspot.com.br)

O que seria uma viagem triunfal ao velho continente para mostrar a exuberância do carnaval carioca transformou-se em um enredo desastroso escondido nas frestas da história das escolas de samba. Contratados para uma série de shows na badalada temporada de verão na Europa, cerca de 150 sambistas viraram protagonistas de um imbróglio diplomático, sob intensa vigilância da Divisão de Segurança de Informações (DSI) do Ministério das Relações Exteriores.

O ano era 1975 e o Salgueiro ostentava o título de bicampeão do Carnaval carioca. Após o sucesso dos desfiles comandados por Joãosinho Trinta (que havia deixado o Salgueiro logo após o carnaval daquele ano, indo para a Beija-Flor de Nilópolis), a direção da escola vermelha e branca recebeu um convite dos empresários franceses André Georges Crispin, Gilbert Caucanas e Gérard Stuffel – este último conhecido produtor de grandes espetáculos em Paris. Mas uma das atividades programadas deixou o alto comando militar brasileiro em alerta: a apresentação de um show de samba durante a festa do jornal L’Humanité (evento anual, realizado até hoje, chamado Fête de L’Humanité), descrito no relatório do DSI como o “porta-voz do Partido Comunista Francês”. 

O governo brasileiro, então sob o comando do general Ernesto Geisel, passou a monitorar minuciosamente a excursão. Cada passo dos sambistas na Europa foi documentado em um relatório de 29 páginas. 

“Os órgãos do governo brasileiro tinham sua Divisão de Segurança e Informações (DSI). Como se tratava de uma viagem para fora do país, o monitoramento ficou a cargo do DSI do Ministério das Relações Exteriores. Esses relatos deram origem a um único documento, produzido pela Agência Central, órgão ligado ao Serviço Nacional de Informações, o SNI, então chefiado pelo general Newton Cruz”, explica a historiadora Carla Lopes, profissional de referência do projeto Memórias Reveladas, do Arquivo Nacional.

Dos anos de 1980 à década de 2000, somente pesquisadores acadêmicos – estrangeiros, em sua maioria – tinham acesso aos documentos. Desde 2011, com a Lei de Acesso à Informação, os relatórios estão disponíveis a todos os cidadãos na sede do Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro. E mostram como o regime interveio diretamente na viagem dos sambistas por países como Espanha, França e Suíça.

Carla Lopes, pesquisadora do Arquivo Nacional
apresenta o documento de 29 páginas

 

A primeira série de relatos, datada de 10 de julho de 1975, diz que “a embaixada do Brasil em Paris está instruída a procurar dissuadir os sambistas da (sic) “Salgueiro” de participarem de festas organizadas por comunistas franceses”. O possível show a ser realizado no evento causou diversos contratempos aos integrantes da excursão – 40% do total de participantes eram salgueirenses, que se somavam aos 60% de integrantes de outras agremiações, segundo o ex-diretor da escola Pedro Nobre, no livro Uma Vida Chamada Salgueiro. Muitos deles não tinham a menor ideia de que estavam sendo vigiados pelo regime militar. O que souberam, já em solo europeu, era que a realidade seria bem diferente do sonho vendido pelos empresários franceses quando foram contratados para a turnê.

Padecendo no paraíso: exploração, galhofas e maus-tratos

No dia 30 de julho, a coluna do jornalista Zózimo Barroso do Amaral, no Jornal do Brasil, noticiava com ares de galhofa a excursão, já antevendo o fracasso da viagem iniciada dias antes.

“Os sambistas foram abandonados na Espanha, segundo país de sua “tournée”, pelo empresário francês, que com o dinheiro no bolso, houve por bem escapar para dias melhores no sol da “côte” (referindo-se à região à beira do mar Mediterrâneo, denominada Côte D’Azur – Costa Azul). O abandono foi tão repentino, que a viagem para a Espanha acabou em piada, indo a bateria para Madri e os passistas para Barcelona, todos perdidos na rua, vestidos de Maria Antonieta e Luís XV, para perplexidade dos espanhóis”, escreveu o jornalista.

Tudo, claro, era um enorme exagero por parte do colunista. Mas as condições em que se encontravam os sambistas, de fato, não tinham nada de engraçadas. No dia 31 de julho, a mesma coluna já indicava, em nota intitulada “Travessuras do Salgueiro”, que a excursão poderia render uma dor de cabeça ainda maior para a agremiação, classificando a turnê como “folhetinesca”.

“O mais novo personagem a entrar em cena é o Partido Comunista Francês, que segundo se informa, foi na verdade quem contratou a escola de samba para animar em Cannes a festa do seu aniversário. O passeio e as apresentações na Espanha seriam apenas uma avant-première do carnaval na Côte (Costa Azul), aproveitando os sambistas as passagens já pagas para faturar mais algum”. Enquanto isso, na surdina, o governo brasileiro continuava a acompanhar cada passo da excursão.

Os relatórios produzidos pelo DSI detalhavam o deslocamento da comitiva pela Europa, relatando as precárias condições a que os sambistas foram submetidos. O documento produzido com data de 12 de agosto apontava as primeiras repercussões nos veículos de comunicação do Brasil.

“O noticiário surgido na imprensa brasileira teve origem nas dificuldades que se apresentaram no início da excursão, particularmente após a saída de Madri para Barcelona, trecho percorrido em ônibus, sob condições de desconforto. Foi preciso utilizar os assentos de passageiros para o transporte das malas, uma vez que o depósito de carga se revelou insuficiente”. Ou seja, a viagem pelo velho continente não tinha qualquer glamour. Muito pelo contrário. A imprensa brasileira seguia debochando da situação.

O colunista Carlos Eduardo Novaes dedicou uma coluna inteira sobre a excursão na edição de 4 de agosto de 1975 no Jornal do Brasil. O texto, em alguns momentos, resvalava para a galhofa. Segundo Novaes, em uma cidade do interior da França, os sambistas tiveram que se apresentar em ruas movimentadas, com muitos cruzamentos. A “apoteose” teria se dado quando os brasileiros encontraram pelo caminho uma passeata do Partido Comunista Francês.

“Houve até um princípio de violência, porque os comunistas confundiram a escola de samba com um grupo de hippies interessados em solapar suas reivindicações”. O colunista completou dizendo que depois de um certo tempo, foram encontrados dois manifestantes sambando com o Salgueiro, enquanto “a porta-bandeira, desorientada, seguia à frente da passeata comunista”.

Piadas à parte, a excursão continuou, mas com ares de iminente desastre. Os passos da agremiação pela Espanha e França foram descritos minuciosamente no relatório do governo militar. Uma das páginas registrou a denúncia feita pela diretora de relações públicas do Salgueiro, Elisabeth Nunes, que não chegou a embarcar com o grupo. Preocupada com a situação dos integrantes – entre eles a irmã Rosa Nunes, que fazia a primeira viagem internacional, Elisabeth formalizou um pedido aos consulados do Brasil em Paris e em Marselha para que fossem tomadas as devidas providências para o retorno ao país.

Elisabeth Nunes, que ocupava o cargo de relações públicas do Salgueiro
na época da excursão

 

“As notícias que eu recebi por essa carta me deixaram muito preocupada. Eu fui ao Consulado da França no Rio de Janeiro para tentar resolver a questão. Levei o caso também para a imprensa, dei muitas entrevistas, estava apavorada. Queria chamar a atenção para o descaso com os viajantes. Jamais imaginei que o governo brasileiro estava vigiando toda a viagem por causa de contatos com comunistas. Só estou sabendo disso agora”, surpreendeu-se. Outro que não sabia da vigilância pelos órgãos do regime foi o passista Jerônimo Patrocínio. “Fui convidado pelos shows que fazia aqui no Rio de Janeiro pela Portela. Não tinha ouvido falar nada sobre esses relatórios. Para mim, a excursão foi mais tranquila, não passei por tantos problemas que os outros viveram. Participei de outras apresentações, mas voltei com todo o grupo”, recorda.

Um dos organizadores da viagem, o empresário Maurício Mattos, então vice-presidente da Associação das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, esteve presente em parte da excursão e foi convidado a prestar depoimento sobre o caso na embaixada brasileira em Paris. Durante o interrogatório no Consulado-Geral na capital francesa, Mattos afirmou que a participação remunerada do conjunto artístico na festividade do jornal L’Humanité não caracterizaria nenhuma “adesão ideológica” aos comunistas. Em entrevista para esta reportagem, Mattos ratificou que o objetivo da excursão era estritamente comercial. “Não havia qualquer ligação política. Meu papel como um dos organizadores da viagem era cumprir com a agenda de compromissos, mas tivemos muitas dificuldades”, reconhece.

Jornal L'Humanité: em atividade até hoje, é uma das vozes 
do Partido Comunista Francês

 

Calote na Costa Azul

A excursão à Europa foi chefiada conjuntamente pelo coronel reformado do Exército, Mauro de Almeida (diretor do Império Serrano), e pelo então presidente da agremiação, Osmar Valença. Em diversas oportunidades do relato, Osmar é apontado como não tendo “nenhum peso ou condições de mando”, indicando a falta de espírito de liderança junto à comitiva. No dia 10 de agosto, o cônsul-geral do Brasil na cidade francesa de Marselha assistiu ao show dos sambistas em um município próximo, Juan-les-Pins, localizado na exuberante Costa Azul da França. De acordo com o relatório da DSI, a apresentação “deixou muito a desejar por total falta de organização, pela evidente ausência de chefia e coordenação”.

Já o informativo de 12 de agosto se refere textualmente à falta de pagamento. Integrantes da agremiação encontravam-se num dos mais belos e seletos lugares turísticos do mundo, conhecido roteiro de milionários. Se o cenário era paradisíaco, as condições da viagem eram um notório inferno. Excesso de apresentações, falta de pagamento, má alimentação e longos deslocamentos tornaram a excursão um tormento para os sambistas. Elisabeth Nunes lembra que a irmã, Rosa Nunes, denunciou de forma contundente a escassez de comida. “A carne do almoço era cortada com lâmina de barbear para poder ser dividida entre os sambistas”, revela. Pedro Nobre, autor no referido livro “Uma Vida Chamada Salgueiro”, endossa: “Ás vezes (os artistas) ficavam sem ter o que comer”.

As acomodações também eram precárias. Elisabeth lembra que os excursionistas chegaram a se amontoar em abrigos extremamente desconfortáveis, isso quando não passavam noites e dias viajando em trens e ônibus lotados.

Trecho do relatório em 12 de agosto descreve
os apuros dos excursionistas na Europa

 

A essa altura, três participantes da comitiva retornaram ao Brasil, alegando estarem esgotados com a intensa agenda de shows. Maurício Mattos ponderou que alguns voltaram por não terem se adaptado à comida e às acomodações. “Uma das que retornaram ao Brasil antes do previsto foi a destaque Pildes Pereira, ex-presidente da Vila Isabel. Ela não se adaptou à alimentação na Europa”, recorda.

Entretanto, a preocupação maior dos relatos continuava sendo a possível participação da escola de samba na festa do jornal L’Humanité, vinculado ao Partido Comunista Francês. Ou seja, para o governo brasileiro o abandono dos excursionistas era o de menos. O foco principal era evitar a qualquer custo que os artistas não participassem do evento, marcado para dali a um mês, entre os dias 13 e 14 de setembro de 1975.

Imagem extraída de um vídeo com cenas de apresentações artísticas na Festa do Jornal L'humanité
em 1974, ano anterior ao da excursão dos sambistas pela Europa

 

Ouvido no consulado brasileiro em Marselha, o empresário contratante André Crispin defendeu-se atacando o grupo. Em depoimento, o contratante confessou que não estava fazendo os pagamentos devidos, mas isso se devia a problemas de disciplina que estavam lhe causando sérios prejuízos. Crispin relatou que havia sido obrigado a fazer ressarcimentos devido a “roubos e dilapidações” praticados pelo grupo. O empresário também se queixou dos constantes atrasos nas apresentações, que teriam causado devolução de ingressos e irritação por parte do público em algumas ocasiões. O número de excursionistas diminuía a cada dia. A solução encontrada para completar o elenco gerou um problema ainda maior.

Exilados políticos: “A semente da discórdia já havia sido lançada”

Em novo relatório, datado de 26 de agosto, o coronel Mauro Almeida revelou que os empresários Caucanas e Crispin contrataram, em Paris, outros 45 integrantes que não participavam da formação original do grupo. Eram 37 brasileiros, três argentinos, dois franceses, um chileno, um peruano e um português. Esses novos personagens se juntaram aos demais para apresentações na Suíça. O enxerto dos componentes seria feito para contornar a exigência quanto ao número mínimo de 150 integrantes, de acordo com o contrato firmado com os empresários franceses. Mas a presença deles acarretaria o agravamento da crise com o governo brasileiro.

O relatório do DSI aponta que diversos problemas de disciplina começaram a surgir desde a chegada do novo grupo à Suíça, depois das apresentações na França e na Espanha. “Três dos recém-incorporados, Tereza Cristina Collier, Mônica Martins Rabelo e Ronaldo Fonseca da Rocha, provavelmente subversivos brasileiros radicados em Paris, começaram a promover agitação, tentando provocar incidentes e agredindo verbalmente o coronel” (Mauro de Almeida).

Tereza Cristina Collier, que hoje mora em Recife depois de viver na França por quase 40 anos devido à perseguição política, explica a tal agressão. “Eu falei com ele num tom mais alto. Estávamos sem pagamento pela apresentação que havíamos acabado de fazer em Genebra, na Suíça. Assim que acabou o show, tínhamos que voltar imediatamente de ônibus à França para novas apresentações”, diz Tereza.

Sobre a integração de exilados políticos na excursão: "a semente da discórdia já havia sido plantada"

 

O documento apresenta a ficha de cada um dos 45 integrantes que se juntaram à excursão na Europa. Nomes de exilados políticos, como o de Tereza Collier, classificada como militante e foragida do Brasil desde 1970, estavam na lista de “subversivos” do governo brasileiro. Outro nome em destaque que se juntou aos excursionistas foi o de Ronaldo Fonseca Rocha, que segundo levantamento feito pelos militares, “vivia no Chile (…) e foi detido em fevereiro de 1970 por subversão”.

Tereza Collier disse a esta reportagem ter se integrado à excursão por ser estudante de cinema, sendo convidada pelo empresário Crispin. Collier explica que chegou a cogitar ir à imprensa estrangeira denunciar que a excursão estava sendo monitorada. “Eles (referindo-se aos militares) demonizaram a nossa participação. Eu tinha ouvido falar no Salgueiro na França, como uma escola de samba que vinha se destacando no carnaval brasileiro. Acabei indo fazer as apresentações para ganhar um dinheiro. Mas eu e outros amigos fomos excluídos do grupo. Fizemos apenas um show”, lembra. 

De acordo com o relatório, os três novos integrantes foram desligados do grupo pelo Coronel Almeida. Com palavras de cunho dramático, o documento de 26 de agosto diz que apesar da atitude de Almeida, “a semente da discórdia já havia sido lançada”. A tal “semente da discórdia” era uma referência ao clima tenso que havia se instaurado na viagem e aos exilados políticos que se integraram ao grupo.

O relatório aponta que a situação só foi apaziguada quando o cônsul do Brasil em Marselha se dirigiu aos excursionistas e disse que ele estava ali para ajudá-los, mas que em troca, apelaria para o bom comportamento. Ao final da conversa, o diplomata foi cercado pelos excursionistas, expondo o descontentamento com as péssimas condições a que foram submetidos na viagem. Ao final, foi recomendado ao presidente do Salgueiro Osmar Valença e ao coronel Mauro de Almeida “a maior discrição possível sobre esses assuntos, em particular com a imprensa”. Estava preparado o terreno para o retorno ao Brasil.

O Amargo Regresso

O grupo retornou ao Rio no dia 2 de setembro de 1975, em um voo comercial da Varig. O jornalista Antônio Lemos disse em entrevista aos veículos de comunicação, ainda no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, que a volta foi antecipada pelo governo brasileiro devido a “atos de indisciplina”. Assim que botaram os pés no país, o diretor social da escola Adilson Santos (conhecido como Mão Negra), foi preso sob a acusação de uso de drogas e agressão à mulher, Eunice, que também participava da viagem. O presidente do Salgueiro, Osmar Valença, alegou que o uso de entorpecentes se restringiu a um dos membros da comitiva que se integrou ao grupo em Genebra, na Suíça. E tudo ficou por isso mesmo.

Matéria publicada no Jornal do Brasil de 4 de setembro de 1975

 

O fim melancólico da fracassada excursão foi um alívio, tanto para os sambistas, quanto para o Governo brasileiro, que evitou que um dos seus maiores produtos de visibilidade cultural, o samba, estivesse presente na festa de um veículo de comunicação ligado ao Partido Comunista Francês. Entretanto, a malfadada folia na Europa, rigidamente vigiada pelos órgãos de segurança no Brasil, não era sequer conhecida pela maioria dos artistas que participaram da excursão, mesmo depois de passados mais de 40 anos da viagem.

Se a cuíca não roncou, a mulata não sambou e o pandeiro não rodou na festa do jornal L’Humanité, ligado ao Partido Comunista Francês, o Salgueiro – que tem o vermelho e o branco nas cores da sua bandeira – esquentou as cabeças vestidas pelos quepes do governo militar. Uma história que só veio à tona graças à divulgação de documentos mantidos em sigilo há até bem pouco tempo. “Todo povo tem o direito de conhecer sua história. Quem lê esses arquivos não pode ficar insensível a tudo o que passamos no Brasil. Temos que aprender com o passado para não repetir os mesmos erros no futuro”, diz a pesquisadora Carla Lopes. Na passarela da história, ainda há inúmeros enredos e desenredos encobertos e que precisam vir à tona para que nunca mais desfilem.

Outros relatórios ainda foram produzidos. Desta vez, as escolas monitoradas seriam a Unidos da Tijuca e Estação Primeira de Mangueira, já nos anos de 1980. Prova de que mesmo com o processo de abertura política, a sombra da vigilância da ditadura ainda pairava no país do Carnaval.

Atualizações sobre os personagens citados nesta reportagem

– O empresário Gilbert Caucanas morreu em 1994.

– Não há informações precisas sobre o destino de André Crispin.

– Tereza Cristina Collier foi militante do grupo Ação Popular e viveu na França por quatro décadas, segundo matéria do Jornal do Commercio, de 9 de dezembro de 2012. (Veja em http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/politica/pernambuco/noticia/2012/12/09/reencontro-com-a-historia-66253.php)

– Mônica Martins Rabelo foi anistiada e recebeu reparação econômica de caráter indenizatório do Governo brasileiro em 2002.

– Ronaldo Fonseca da Rocha, segundo o relatório, é jornalista, mineiro, e viveu no Chile. Foi preso em fevereiro de 1970 acusado de “subversão”.

 

Fonte: João Gustavo Melo, 15/1/2018
Disponível em: https://boicomaboboracarnaval.blogspot.com.br/2018/01/folia-vigiada.html  

 

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